Ser pai: dúvidas e mais dúvidas

Inicio no blog da Ana Lívia uma série de relatos e depoimentos, vivenciados por mim ao longo da gestação da minha princesa. Com a permissão dela, utilizarei este espaço para trocar minhas experiências com amigos, familiares e pais de primeira viagem. Sempre que eu tiver algum assunto interessante, trarei para este espaço para que possamos refletir e discutir juntos.

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Dúvidas, emoções, expectativas, ansiedade e amor... muito amor. Esses são apenas alguns dos sentimentos que acompanham uma gravidez, mas são as dúvidas, e sua conseqüente insegurança, que mais nos tiram o sono, principalmente os de primeira viagem, como eu, apesar das inúmeras informações divulgadas nos meios de comunicação. Com tantos questionamentos, por vezes ressentia de algum lugar em que pudéssemos esclarecer algumas dúvidas.

A internet é um enorme repositório de informações, entretanto é preciso muito cuidado, pois frequentemente nos deparamos com alguns absurdos – relatarei alguns em outro post. Dificilmente encontramos site que sejam acompanhados por profissionais como psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, enfermeira, obstetra, pediatra, etc. Quando encontramos esse sites, as respostas demoram a chegar e na maioria das vezes nunca recebemos. Se você tiver sorte vai encontrar alguém na internet que já teve o mesmo problema e foi orientado por algum profissional.

Sinceramente, acredito que um curso de orientação ao pai seria um excelente forma de obter as informações mais relevantes, além de propiciar um momento de interação entre os papais. No curso poderiam ser repassadas dicas práticas e importantes para que a gestação seja saudável e tranqüila, e para que a chegada e os cuidados com o bebê em casa não seja marcada somente por trapalhadas e tropeços. Como por exemplo: identificar uma depressão pós-parto – ouvimos falar muito pouco sobre isso e me parece ser bastante recorrente; quais alimentos são mais indicados para a futura mamãe durante a gravidez e o aleitamento; exercícios de relaxamento para as nossas grávidas, sintomas do trabalho de parto; amamentação adequada; cuidados no banho do bebê; identificação do choro. São algumas das diversas orientações que podem passadas pelos profissionais. Acredito que estar a par desses assuntos permitiria, a nós papais, uma participação mais ativa na gestação, nos colocando ainda mais perto dos nossos bebês.

Alguns irão dizer: “Prezado amigo, não existe manual para cuidar de gestantes ou bebês, pois as teorias não são engessadas.” Tenho que concordar com essa afirmação, entretanto, mais que ensinamentos, o que realmente precisamos é de um apoio emocional. É preciso que cada um de nós perceba que uma nova vida está começando e a compreensão de que dúvidas e medos são normais e superáveis, nos tornarão mais tranqüilos e seguros.

Particularmente, estou tentando superar os medos de: deixar o bebê cair no chão, não saber o que fazer com uma fralda de cocô e o que fazer quando o bebê chorar. Nós papais, precisamos e queremos receber orientações também, pois afinal somos co-criadores, não tanto como a mamãe, mas desejamos entender melhor esse mundo das gestantes e do bebê para deixar de ser provedores e nos tornarmos colaboradores desta grandiosa missão.

Um abraço fraterno a todos.