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Este site foi criado para que amigos e familiares pudessem acompanhar meu crescimento. Serão postadas fotos e comentários sobre o meu dia-a-dia, espero que gostem.


terça-feira, 24 de abril de 2007

Problemas na amamentação

Hospital Cura D´ars, Fortaleza, 23 de Março de 2007:

Na madrugada do nascimento da Ana Lívia a enfermaria entra no quarto e pergunta:

- O bebê está mamando direitinho?

- Ela não está pegando a mama, tenta sugar um pouquinho, mas logo depois começa a chorar!

- Não é possível! Precisamos insistir, vamos tentar mais uma vez.

Assim começava uma longa batalha que duraria 48 horas e traumatizaria a minha esposa e o bebê. Cada enfermeira que entrava no quarto tentava de toda forma auxiliar na amamentação, uma puxava o bico da mama, outra ensinava a Ana Lívia a fazer a sucção, traziam uma seringa para formar o bico do peito, mudavam de posição o corpo e a cabeça do bebê em relação ao peito, tentaram quase tudo. As razões pela criança não pegar o peito mudavam conforme mudava o turno da enfermarias: o bico não é bom, o leite não sai, o bebê não suga, a posição está errada, enfim, motivos não faltaram para explicar. Na madrugada de Sexta para Sábado, uma das enfermeiras me fez percorrer Fortaleza inteira, para encontrar um bico de silicone que de acordo com ela auxiliaria na sucção da criança. Resultado, nenhum avanço. Resumo desta primeira batalha, foi tanto mexido com a minha princesa que toda vez que colocávamos no colo da Gleciany, era choro e mais choro, tirávamos do colo e ela instantaneamente parava de chorar, era incrível o comportamento da Ana Lívia, parecia que ela pressentia que começaria toda a peleja para tentar amamentá-la.
Eu não sabia dizer se aquele procedimento das ensfermeiras era normal ou não, afinal para mim tudo era novo. As enfermeiras achavam estranho a dificuldade do bebê e continuavam insistindo. A Gleciany se esforçava bastante, superando inclusive as dores da cirurgia (foi ceasariana) e conversava com a Ana Lívia: “Vamos princesinha, pega o peito, para você crescer forte.” Infelizmente nada, não queria mamar, não fazia força para sugar e chorava bastante com fome e frustrada. Nós também estávamos frustrados, pois não estávamos preparados para estes problemas.
Ainda no hospital foi aconselhado a pingar glicose no peito como forma de estimular a sucção, ela sugava, sugava, mas depois voltava a gritar. As enfermeiras se diziam preocupadas com hipoglicemia e diziam que tínhamos que a fazer mamar, mas fugia totalmente do nosso controle. Finalmente cedemos e deram o leite Nan para ela num copinho, ficamos combinados de continuar tentando o peito, entretanto a Ana Lívia chorava e gritava toda vez que colocavam no peito.
Finalmente as duas receberam a liberação para ir para casa, a Gleciany já não suportava mais a pressão no hospital e não via a hora de chegar ao nosso lar, talvez lá as coisas pudessem ser melhor, pois estaríamos tranqüilos para fazer as tentativas. Em casa progredimos pouco e infelizmente ninguém queria dar o Nan de copinho, dessa forma ela ia se acostumando ao bico da mamadeira e cada vez se distanciando do bico do peito. Eu chorava às escondidas, me achava um incapaz, por não conseguir ajudar a minha esposa e filha a terem este momento juntas, ficava preocupado se ela teria saúde ou seria fraquinha, angustiado, pois martelava em minha mente que deveríamos ter insistido mais.

Bom, infelizmente ela não conseguiu mamar (a batalha se desenrolou por duas semanas), apesar de todos os esforços não foi possível e a falta de estímulo diminuiu a produção de leite. Nos primeiros dias ainda conseguimos desmamar e oferecer para a Ana Lívia na mamadeira, mas aos poucos o peito secou. A boa notícia é que a minha princesa está crescendo forte e linda. Desencanei em relação ao amamentar e descobri que não somos as únicas pessoas do mundo em que os filhos não mamaram de jeito nenhum.
De qualquer forma, incentivo que seja utilizado todos os recursos disponíveis para que a criança tome o leite materno, ele é insubstituível.

Um grande abraço a todos.

Obs: Vou colocar aqui uma das poucas fotos da Ana Lívia tentando mamar. É realmente uma cena linda.


2 comentários:

Unknown disse...

Oi,me chamo Priscila tenho uma filha linda o nome dela é Letícia ela nasceu dia 31/03/2007 com 3,490g e 48cm,posso garantir que sei tudo o que passou em relação a dificuldade de amamentação minha filha era do mesmo geito tenteva mamar de pois começava a chorar e não queria mais o peito dai tive que dar o NAN 1 fiquei triste pois sempre tive vontade de amamentar,por não querer que meu leite acaba-se tomei plasil,chá de erva-doce,tintura de algodoeiro e até usei ocotocina spray nasal era assim tentando de um em um e continuava insintindo na amamentação ela mamava um pouco chorava e eu dava NAN eu ficava até altas horas tentando desmamar para poder dar mesmo que pouco mas dar meu leite a minha filha e de tanto insistir consegui...hoje faz um mês duas semanas e um dia que minha bêbe mama exclusivamente,sem contar que o pediatra dela disse que eu tinha pouco leite...Posso confirmar o ditado que quem acredita sempre alcança e deixo meu depoimento pra dizer que como vocês pensei em desistir mas não o fiz passava noites chorando por não poder amamentar ficava cansada de ter que me levantar para fazer o bendito NAN e agora quado ela sente fome a noite meu esposo a pega leva pra mim e dormimos juntas na maior paz.Desejo muito boa sorte pra vocês.Sou aqui de Natal já fui a Fortaleza e amei.Tudo de bom paraessa família linda.

George Wosley Nogueira disse...

Valeu pela força e parabéns pela persistência. Grande abraço.